quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Medo

Me lembro de quando criança, ainda na casa dos 10, ter um medo terrível de lugares escuros ou de ficar sozinho. Demorei para perder a impressão de estar sendo observado.

Depois, veio o medo de ser abduzido. Tinha um medo terrível de que ET’s realmente existissem e que viessem me levar, fazer experiências e me maltratar. Como se precisassem de algo para me maltratar além de existir. Ainda hoje acho que existem ET’s, mas a visão das coisas amadurece com o tempo. Eles não me metem mais medo!

Depois da breve e interminável adolescência, que só a palavra me provoca mal estar pelas lembranças, veio o medo de engravidar. Claro que eu não engravidaria, mas poderia engravidar minha namorada, o que acabaria por “estragar” todo o futuro que havia planejado. Como as coisas pareciam difíceis naquela época. Medo de nada dar certo, medo de que não fosse a pessoa certa. Até que a pessoa certa apareceu, assim do nada. Não me perguntei se era hora certa, ou se era uma “marciana”. Tampouco me perguntei algo sobre filhos e família, nada mais me assustava.

Infelizmente, com o tempo, o medo acabou por voltar. É um medo bom. Medo de um dia te perder. Medo bom? Será que existe? Ele me faz cuidar melhor de mim. Melhor das crianças e da casa. Ele me faz pensar mais na família do que em mim mesmo. Ele me faz acreditar que tu me ama... mas que depende de mim manter este amor.

Amar e ser amado dá medo... um medo bom!

Um comentário:

Carol Gabbi disse...

Morria de medo de ET's na infância.. hoje acho que as chances de ser uma experiência legal se encontrasse um por ai, muito mais óbvia.... mas no fundo o medo do desconhecido ainda sobrevive...