domingo, 28 de dezembro de 2008

Férias



Radicalizando o penteado para as férias!







Minha mãe nem falou nada. Queria que ela ficasse chocada! Não sou mais guri mesmo... as pessoas se acostumaram a minha loucura.

Presente de Natal

É difícil combater o grande apelo comercial dos brinquedos e comerciais de TV nesta época de natal. Entretanto, sempre intervimos junto ao Papai Noel, para que não caia só no consumismo tolo.

Sabemos quando um presente foi bem escolhido quando é dado mais atenção à ele do que ao pedido. Ainda mais quando os resultados são os apresentados ao lado!

Brinquedo: Fashion Club Design
Marca: Faber-Castell
Principal Objetivo: Desenvolver a habilidade de criar roupas a apartir de modelos e desenhos de bonecas.


sábado, 29 de novembro de 2008

Primeiro Encontro

A luz da lua banhava toda a rua, e o meu passo cansado e desajeitado precisava do teu equilíbrio. Minha boca precisando de um beijo, cantando Lulu Santos, enquanto eu lembrava do nosso primeiro encontro, nosso primeiro indício do amor.

Tua blusa era perfeita, e apesar de tua falta de memória incrível, ela era lilás e estampada na frente. Sim, tenho certeza.

Marcamos uma festa em uma danceteria que não existe mais. Cansamos de tanto nos beijar e dançar. Foi quando tiraste o salto alto e revelaste tua estatura para mim.

Nunca mais cansei de te beijar!

Horas

Há alguns anos, numa grande enchente na Argentina um anônimo escreveu isto:

COMEÇAR DE NOVO

Eu tinha medo da escuridão
Até que as noites se fizeram longas e sem luz
Eu não resistia ao frio facilmente
Até passar a noite molhado numa laje
Eu tinha medo dos mortos
Até ter que dormir num cemitério
Eu tinha rejeição por quem era de Buenos Aires
Até que me deram abrigo e alimento
Eu tinha aversão a Judeus
Até darem remédios aos meus filhos
Eu adorava exibir a minha nova jaqueta
Até dar ela a um garoto com hipotermia
Eu escolhia cuidadosamente a minha comida
Até que tive fome
Eu desconfiava da pele escura
Até que um braço forte me tirou da água
Eu achava que tinha visto muita coisa
Até ver meu povo perambulando sem rumo pelas ruas
Eu não gostava do cachorro do meu vizinho
Até naquela noite eu o ouvir ganir até se afogar
Eu não lembrava os idosos
Até participar dos resgates
Eu não sabia cozinhar
Até ter na minha frente uma panela com arroz e crianças com fome
Eu achava que a minha casa era mais importante que as outras
Até ver todas cobertas pelas águas
Eu tinha orgulho do meu nome e sobrenome
Até a gente se tornar todos seres anônimos
Eu não ouvia rádio
Até ser ela que manteve a minha energia
Eu criticava a bagunça dos estudantes
Até que eles, às centenas, me estenderam suas mãos solidárias
Eu tinha segurança absoluta de como seriam meus próximos anos
Agora nem tanto
Eu vivia numa comunidade com uma classe política
Mas agora espero que a correnteza tenha levado embora
Eu não lembrava o nome de todos os estados
Agora guardo cada um no coração
Eu não tinha boa memória
Talvez por isso eu não lembre de todo mundo
Mas terei mesmo assim o que me resta de vida para agradecer a todos
Eu não te conhecia
Agora você é meu irmão
Tínhamos um rio
Agora somos parte dele
É de manhã, já saiu o sol e não faz tanto frio
Graças a Deus
Vamos começar de novo.

Anônimo

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Homenagem

Olhei nos teus olhos vermelhos, que a câmera insistiu em fazer triste apesar do sorriso voluntário e sincero no rosto. Vi o que somente eu podia ver.

Vi a dor de ser filha única, não por genealogia. Vi o peito apertado e as costas arqueadas de tanto peso. Vi uma família em desordem e uma cabeça atormentada pelo medo de nunca satisfazer as aspirações da mãe. Vi uma criança triste que não conhecia o pai. Vi a falta de afago na nuca e mãos com sede de toque, carinho e fúria.

E por sinceros minutos eu senti pena. E tão somente nestes poucos minutos.

Repentinamente surgiu em minha mente uma leoa de face amistosa, rodeada de família e carinhos. Surgiu em minha mente a pessoa que pulou para fora de um círculo de inimizades e fundou sua própria filial da felicidade. Surgiu a pessoa que tenta quebrar todo dia o ciclo do ódio. E vi a pessoa que um dia afagou os meus ombros e disse:

- Eu te perdôo.

E senti orgulho sincero por horas. Dias e vidas.

Cheiro

Na Correria de juntar as peças do que faltava para o meu dia, tropecei no teu casaco de lã felpudo, aquele que tanto gostas. Olhei uma vez e tentei, olhei mais uma e tomei nas mãos, irresistível gesto de apego.

O teu perfume, impregnado na peça como essência de carvalho, me deu momentos de delírio olfativo e me trouxe a memória o teu corpo, o teu rosto e o teu amor.

Aquele cheiro, agora impregnado na memória, me trouxe o teu sorriso pelo resto do dia.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Discutir na cozinha. Brigar na sala. Se encontrar no corredor. Brincar no banheiro. Fazer as pazes no quarto. Festejar na garagem.

Vida de casado é saber aproveitar os cômodos da casa!

domingo, 26 de outubro de 2008

Afônico

Se acha que conhece o sentido real desta palavra, saiba que podes estar equivocado. Acho até mesmo que “Aurélio, o grande” não saberia ser informal o suficiente para afirmar o real significado de palavra tão complexa quanto afônico.

Não é somente a ausência de som gerado pelas cordas vocais de um acometido de crise alérgica ou gripado. A falta de voz suficiente para ser ouvido e compreendido pode gerar outros sintomas e problemas para aquele que sofre com ela.

Imagine trabalhar em uma fábrica barulhenta, com protetores auriculares e com 99% de chance de não conseguir me comunicar, a não ser de forma escrita. Sério... perceba. É possível se dizer em gestos “estou com fome”... Entretanto fica impossível se dizer “Caralho, estou com muita fome. O pior é esse rango do refeitório, uma droga. Poderíamos pedir um xis hoje, pela tele-entrega... o que acha?”.

Num ambiente mais hostil, de competição, perde-se qualquer chance de sucesso. A voz do interlocutor é respeitada pelos demais, assim como a postura e a expressão facial. Entretanto, os últimos dois sem o advento do som são patéticos, desprezíveis na maioria das vezes. Existe ainda a imposição, tom e outras coisas mais...

Percebi com o fato de estar afônico que muitas coisas importantes me são deixadas de lado, como o direito de reclamar às vezes ou de impor minha vontade. A comunicação através da voz é excepcionalmente mais eficaz e melhor compreendida do que qualquer outra.

Sou afônico quando não reclamo o pastel frio. Sou afônico quando deixo de dizer o que penso. Sou afônico quando não faço outra coisa senão concordar.

Quando minha voz estiver de volta, vou utilizá-la muito melhor do que dantes desse acontecido.

sábado, 25 de outubro de 2008

Aprendiz

Aprendiz. Assim me descobri depois de tantos anos contigo. E quando me dei conta de quanto tempo perdi lutando contra isso, senti vontade de voltar no tempo mais uma vez.

Voltar no tempo foi uma coisa que eu sempre quis, sabes disso. O interessante é que as coisas mudam de qualquer maneira, e quando fui ver, estava perdendo o presente para o passado!

Absurdo ou não, ainda quero voltar ao passado. Quero voltar ao dia em que te conheci (reencontrei) e dizer algo melhor do que te disse. Quero voltar ao dia que me disse que me amava e dizer que te amava há muito tempo. E quando planejamos o futuro, queria ter falado de nossas filhas, lindas como a mãe, antes mesmo de nosso noivado. Queria não ter feito tanta besteira, nem ter perdido tanto tempo me justificando para mim mesmo. Justificando ter perdido uma liberdade que eu nunca tive de verdade, em detrimento a um amor que eu sempre precisei e não sabia.

Porque no passado as coisas sempre são lindas? Porque do passado, de maneira otimista, suprimimos o que não deveria ter acontecido, colocando belas passagens do que não aconteceu!


Aprendiz? Aprendiz sim. Aprendiz de feiticeira!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Medo

Me lembro de quando criança, ainda na casa dos 10, ter um medo terrível de lugares escuros ou de ficar sozinho. Demorei para perder a impressão de estar sendo observado.

Depois, veio o medo de ser abduzido. Tinha um medo terrível de que ET’s realmente existissem e que viessem me levar, fazer experiências e me maltratar. Como se precisassem de algo para me maltratar além de existir. Ainda hoje acho que existem ET’s, mas a visão das coisas amadurece com o tempo. Eles não me metem mais medo!

Depois da breve e interminável adolescência, que só a palavra me provoca mal estar pelas lembranças, veio o medo de engravidar. Claro que eu não engravidaria, mas poderia engravidar minha namorada, o que acabaria por “estragar” todo o futuro que havia planejado. Como as coisas pareciam difíceis naquela época. Medo de nada dar certo, medo de que não fosse a pessoa certa. Até que a pessoa certa apareceu, assim do nada. Não me perguntei se era hora certa, ou se era uma “marciana”. Tampouco me perguntei algo sobre filhos e família, nada mais me assustava.

Infelizmente, com o tempo, o medo acabou por voltar. É um medo bom. Medo de um dia te perder. Medo bom? Será que existe? Ele me faz cuidar melhor de mim. Melhor das crianças e da casa. Ele me faz pensar mais na família do que em mim mesmo. Ele me faz acreditar que tu me ama... mas que depende de mim manter este amor.

Amar e ser amado dá medo... um medo bom!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Meu menino

Dia desses estava pensando na palavra casamento,
dei uma espichada de olho no dicionário e lá estava:
“união solene entre duas pessoas”
A baixo estava a palavra casar e observei que unir
é comum na definição.
Percebi que a palavra que procurava era unir e mais
uma vez busquei sua definição ela era extensa e em
uma delas dizia LIGAR.
Comecei a relembrar nossa ligação, nossas vidas que
já estavam entrelaçadas mesmo antes de nosso casamento.
Lembrei daquele menino de cabelo comprido, franzino
que estudava na mesma escola que eu, que como estávamos
em fases diferentes nem nos reparávamos.
Passávamos e nos cumprimentávamos somente.
Passados 10 longos anos lá estava o meu menino,
um pouco mudado pela vida adulta, mas com o mesmo olhar
perdido em pensamentos.
Lembra da troca de olhares ?
Te chamei e tu inocentemente me disse:
Sou filho da professora Neusa !
Claro que de inocente tu não tinha nada, mas era como eu
te guardava na minha memória.
Me apaixonei por aquele ser que conheci e por te guardar
tão profundamente no meu coração
que as tristezas não fizeram
eu esquecer o meu menino.

domingo, 19 de outubro de 2008

Bateu!

Sozinho na cozinha, ouvindo Ney Lisboa e cortando alhos e cebolas para o almoço é que tudo faz sentido. À vontade de tocar violão e cantar uma canção, que há tempos não cantava, e a certeza de que não há tempo para mais nada é que me trás de volta a realidade.

Não que a vida se resuma a isto, estar sozinho na cozinha. Até porque as crianças estão na sala (ou no quarto) procurando o que fazer para não se sentirem sós também. É que nesses momentos damos valor a tudo que somos de verdade. Pais, exemplos, amantes e pessoas. Pessoas que deixamos de lado por meses e anos para construir um objetivo maior. Visitar-nos volta e meia faz muito bem.

Não que estejamos no passado, congelados, aguardando por tempo para nós mesmos. Mas estamos reservados dentro de nós mesmos, aguardando a hora de aparecer para aprender, para relembrar e afirmar os votos.

Quero ser tudo o que sempre fui, o cara por quem se apaixonou, todos os dias!
que sempre fui, o cara por quem se apaixonou, todos os dias!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

União

Engraçadas as influências que sofremos
todos os dias das pessoas que convivemos,
os familiares, as do trabalho, os namorados,
amigos, maridos e filhos.
Basta convivermos algum tempo.
Quando casamos juntamos todas estas
influências na união de duas pessoas com o
objetivo utópico de formar um só (uno).
Se já é difícil administrar as diferenças,
imagina conviver com uma pessoa que como
uma esponja absorve os trejeitos dos que a rodeiam.
A gente meio que aprende a gostar ou desgostar de
uma única pessoa com suas mil faces todos os dias.
Pra ajudar una todas estas características a mente
de um poeta, a viagem vai além das estrelas.
Na concepção de um ser simples como eu
ficaria quase que impossível juntar a objetividade
com a imaginação.
Contudo surge algo que sei lá eu da onde faz todas
as diferenças desaparecerem e nos leva a enxergar
o que os olhos não conseguem ver se não existir
AMOR e se ele é recíproco a UNIÃO é fato.
Daí o poeta fica objetivo e o outro vira poeta.
Se todo o dia
O dia pudesse

Te dizer o quanto

Quanto o dia pudesse dizer

Se um dia o dia
Pudesse dizer o quanto

Amo e amei por dia
Não pararia de dizer... te amo

Estréia

Um novo começo! É o que precisamos muitas vezes sem saber.

Parar tudo, derrepente, e começar do zero. Muito difícil para muitos, fácil para mim. Fácil para nós. Porque a base está lá, sempre esteve, para ser construída e recontruída quando precisarmos. Esse alicerce se chama amor!

E esse blog não é nada menos do que o recomeço do velho, do mesmo, do incrível amor.

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Aos amigos que visitarem, sintam-se em casa. Sá não mexam na geladeira e bebam a minha cerveja sem permissão. Aqui não é a casa da Mãe Joanna!